Manifestações Culturais no Tocantins

•Cavalhadas

•Congo ou Congadas

•Festa de Nossa Senhora da Natividade

•Festa do Divino Espírito Santo

•Festejos de Nossa Senhora do Rosário

•Folia de Reis

•Os Caretas

•Roda de São Gonçalo

•Romaria do Bonfim

•Sússia e Jiquitaia

Cidades e Monumentos Históricos

Arraias

Originou-se em 1739 com a descoberta de um garimpo. Em 1740, com o apoio do Governador D. Luís de Mascarenhas, foi definido traçado das ruas, o que contribuiu para o assentamento da população sob a nomenclatura de Nossa Senhora dos Remédios de Arraias. O povoado situa-se a 3 Km da “Chapada dos Negros”, antigo arraial riquíssimo em ouro, surgido em 1733, de acordo com as indicações do historiador Pe. Luís Palacim. No dia 16 de agosto de 1807, o povoado de Arrais foi elevado a Julgado e, mais tarde, através da Resolução de 1° de abril de 1833, passou à categoria de vila, instalada em 19 de setembro do mesmo ano.

O declínio da mineração contribuiu para a evasão urbana e o crescimento da zona rural, onde os habitantes desenvolviam atividades de pecuária e de agricultura de subsistência, perdurando esta situação até meados do século XIX, quando Arraias perde a condição de vila, e em 1850 sendo anexada a Cavalcante e mais tarde a Monte Alegre.

A partir de 1866 foi instalada a Coletoria Estadual e em 1980 deu-se a implantação de Agencia Postal dos Correios e telégrafos e do 1° cartório de Registro Cível. Em 1935 foi instalada a coletoria Federal.

A formação étnica de Arraias é proveniente de descendentes de negros escravos e pessoas livres originárias, ao que tudo indica, de São Paulo e da Bahia. No entanto as características culturais apresentam maior influência baiana do que paulista.

As construções mais antigas são datadas do século XIX. Algumas conservam paredões em tijolos de adobe, destacando-se a Igreja Matriz, que sofreu descaracterização dos seus traços originais em razão das reformas no século XX.

- Festas populares
- vaquejada e congada.
- Danças: Capoeira, Sússia e a Roda de São Gonçalo.
- Festas Religiosas

Padroeira Nossa Senhora dos Remédios (9 de setembro)
Festas de Santos Reis (01 a 06 de janeiro)
São Sebastião (11 a 20 de janeiro)

- Entrudo (carnaval).
- Painel Histórico: Festival de Artes de Arraias “Canta Nordeste”
- Artesanato
- Peças executadas em couro, palha, madeira e argila
- Pratos Típicos: Maria Isabel, Paçoca de Pilão e Mucunzá
- Doces: Caju e buriti
- Bebidas: Licores e pingas.
- Patrimônio Material

Ruínas da casa do feitor na Chapado dos Negros
Vestígios do povoado, testemunhados pelas ruínas de igrejas, de habitações e por rego de captação de água, entre matagais e grandes blocos de pedras.
Igreja Matriz
Dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, foi reconstruída com aproveitamento dos velhos paredões, localizada na praça Dr. João D’Abreu.
Praça “Cel. Joaquim de Sena e Silva”
Bem iluminada e com vários bancos, é local de desconcentração para os arraianos, Um bonito coreto e o busto do Coronel, cujo nome cede a denominação atual, completam a paisagem da antiga praça do rosário.

Dianópolis

Antigo Arraial de São José do Duro é uma das cidades tocantinenses mais contempladas em obras de escritores, poetas e historiadores, especialmente por ter sido palco de movimentos armados. Em 1750, criadores de gados da região nordestina através do vale de São Francisco, chegaram às terras tocantinenses, antigo norte goiano. Das Minas Gerais também partiram aventureiros em busca de riquezas minerais e índios, adentrando ao vale do Tocantins chegando à região de Dianópolis, dando assim inicio ao povoamento urbano.
A cidade tem suas origens ligadas ao aldeamento indígena e à mineração em meados de 1750/51. O aldeamento localizava-se junto ao ribeirão Formiga com nome de São Francisco de Xavier do Duro, também conhecido como missões. Conforme versão popular, as índias Tapuia em suas andanças pelos arredores, encontraram pedras amarelas que foram levadas aos Jesuítas. Estes constataram que as tais pedras eram pepitas de ouro. Em decorrência deste ato os índios ficaram responsáveis pela extradição aurífera, tornando o local conhecido como “As Minas das Tapuias”, daí derivando os nomes D’oiro, D’ouro e Duro.

A lei Provincial n° 03, de 14/10/1854, criou o distrito de São José do Duro, sob a jurisdição de Conceição do Norte e, em 26/08/1884, a Lei Provincial n° 723 elevou o distrito a Vila com o mesmo topônimo, provavelmente instalada em 1890. Em 1938 recebeu o nome de Dianópolis em homenagem às irmãs Custodianas ou Dianas, pertencentes á umas das famílias tradicionais da cidade.

O episódio que marcou a história da Vila do Duro foi protagonizado por índios que reagiram às imposições dos colonizadores. Ocorreram também disputas políticas entre os habitantes locais e invasores, fazendo da vila cenários de lutas sangrentas.

O movimento, no entanto, que mais abalou o Duro foi o confronto, que resultou em uma luta sangrenta, tendo por um lado membros da família Wolney e, por outro, representantes do governo do Estado. Este episódio se estende de 1918 a 1923, tendo como momento mais grave o dia 16 de janeiro de 1919, data da chacina dos nove membros da família Wolney que se encontrava nos presos ao tronco.

As relações historicamente mantidas com a Bahia proporcionaram acentuada influencia cultural. Em Dianópolis pouco se conservou da arquitetura. O centro histórico da cidade, situado em torno da Praça Cel. Wolney é composto de prédios residenciais, restando duas casas do século passado. Essas casas mantêm suas características originais (foram construídas em 1885 e 1892, respectivamente). Além desses imóveis restam também cerca de meia dúzia de outros, que conservam o aspecto original, porém, retratam um estilo já do inicio do século passado, por volta dos anos 30 e 40.

- Patrimônio Material
Capelinha dos Nove
Igreja erguida no túmulo das nove vítimas do massacre que houve no “tronco” em 16 de janeiro de 1919.
Prefeitura Velha
O prédio era a antiga residência dos irmãos Aurélio e Alberto Araújo, descendentes da família do Coronel Wolney. Em 1948 foi comprado pela prefeitura, tornando-se sede do Executivo Municipal até a década de 1970. Hoje é conhecido como “prefeitura velha”.
Casa do Cel. Wolney
Casa construída em 1885 pelo Coronel Joaquim Ayres Cavalcante Wolney, é dividida em 14 cômodos e foi erguida por braço escravo. Suas paredes de adobe medem cerca de 45 cm de espessura e com portas de madeiras de cerca de 3 metros de altura.
Igreja Sagrada Família
Funcionou como Matriz de São José (padroeiro da cidade) até tempos recentes quando foi construída a nova Matriz.
Igreja de São José das Missões
Templo importante pelo fato de pertencer a um povoado resultante de aldeamento indígena, origem da própria cidade de Dianópolis.


Monte do Carmo

Sua história data do período do “Ciclo do ouro no Brasil”, quando aventureiros adentraram os sertões à procura das minas. O bandeirante Manuel de Souza Ferreira, à procura de ouro pelo Vale do Alto Tocantins, deparou com essa localidade.

Autores como Brigadeiros Lísias Augustos Rodrigues, nos relatos de Pizzarro ao referendar as “Memórias do Rio de Janeiro”, fazia menções ao Arraial do Carmo, nos anos de 1738. Porem, alguns pesquisadores datam a sua fundação de 1741 e o historiador Luis Palacin a situa em 1746. Por essa razão, ainda não se determinou com exatidão a data do surgimento do povoado de Monte do Carmo. Cronologicamente, sua história se desenvolve com maior precisão e detalhes, quando a Rainha Maria I nomeia o Padre Faustino José da Gama, em 1870, para, no Arraial do Carmo, exercer serviços religiosos.
Sediado no sopé da Serra do Carmo, Padre Gama tornou-se o mais famoso senhor, “dono de muitos escravos e lavouras”.
Na sede do município, podem ser encontrados resquícios de muros e pedras e antigos casarões em ruínas que ficam em torno da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, como testemunhos do importante povoado minerador que foi Monte do Carmo. O Distrito de Monte do Carmo foi emancipado no dia 23/10/1963, e a sua instalação aconteceu em 10/01/1964, com a nomeação do prefeito Durval da Silva R. Barros, que permaneceu até a nomeação de Ademar Pereira da Silva, em 1965.

- Festas populares
- Festa de São Sebastião (20/01)
- Festejos do Carmo (julho) - onde se festeja Nossa Senhora do Rosário, Divino Espírito do Santo e Nossa Senhora do Carmo.
- Comidas típicas - arroz sirigado e arroz com pequi, doces de caju, buriti, banana, e bolos de arroz, de mãe, amor perfeito entre outros.
- Patrimônio Material
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Construída em 1801 pelo Sr. João Ayres da Silva, contratado pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, pelo valor de 1.200 oitavas de ouro. A igreja abriga a imagem de Nossa Senhora do Carmo.
Ruínas do Arraial do Carmo
A casa, igreja e diques que os escravos do padre Gama fizeram no sopé da Serra do Carmo. Padre Gama tinha sob seu comando cerca de 1200 escravos trabalhando na sua lavoura e no garimpo.

Natividade

Situada no Sudeste do Tocantins, ao pé da Serra da Natividade, numa distância de 305 km da capital do Estado, nascida com a exploração do ouro e fundada por Antônio Ferraz de Araújo, sua origem remonta ao século XVIII, ligada ao Arraial de São Luiz, no alto da serra. Hoje restam apenas ruínas daquele fluente e rico garimpo de ouro.
O nascente arraial denominado São Luis recebeu seu nome em homenagem a Dom Luis de Mascarenhas, então governador da Capitania de São Luis e fundador da Vila Boa (atual cidade de Goiás – GO). O nome São Luis conservou-se, provavelmente até 1733, quando, em homenagem a Nossa Senhora da Natividade, o local passa então a ser chamado de Natividade. Em 1734, o português Manoel Rodrigues de Araújo transferiu o Arraial para o Sopé da Serra, local de melhor acesso, onde hoje situa a cidade.
Em 1831, Natividade foi elevada à categoria de Vila. Em 1834 contava com 300 casa e ruas guarnecidas de calçadas de laje e em 1° de julho de 1901, a vila ganhou o termo de Município de natividade, se desmembrado da Comarca de Porto Nacional, e em 23 de dezembro de 1905, pela influente atuação do Senador Fulgêncio Nunes da Silva, aconteceu à instalação da Comarca de Natividade.
Atualmente, Natividade tem o seu espaço urbano dividido em três zonas de usos específicos: Zona de Proteção Histórica, Zona de Proteção Ambiental, e Zona de Expansão. O conjunto arquitetônico é constituído pelas ruas estreitas de casarões e igrejas.
- Festas populares
- Festa do Divino (data móvel)
- Festa de São João Batista (23 a 24/06)
- Festa do Senhor do Bonfim (12 a 17/08)
- Festa da padroeira de N. Sra. da Natividade (30/08 a 08/09) - Baile de pastorinhas (24/12)
- Festa de Reis (01 a 06/01)

Patrimônio Material
- Igreja da Matriz
Datada de 1759, já sofreu algumas alterações no seu interior e fachada. Nele se encontra a imagem de Nossa Senhora da Natividade, santa Padroeira do Estado do Tocantins, possui dois sinos em bronze, datados de 1858.
- Igreja do Rosário dos Pretos
Toda em pedra possui os arcos da entrada central feitos com grandes tijolos especiais da época. Construída pelos escravos, ficou inacabada. Obra de admirável arquitetura. “Superaria as demais igrejas da capitania do Norte de Goiás se tivesse sido terminada”, escreveu o Visitante Pohl em 1819. Representa o monumento símbolo da raça negra e o trabalho escravo da fase da mineração.
- Prédio da Antiga Cadeia Pública
Continua com as características originais da sua construção. Impressiona pelas suas janelas e portas de largas grades e enormes portais em madeiras. Quando da passagem da “Coluna Prestes”, em 1925 e 1926, seus presos foram soltos pelos membros dessa rebelião. Foi restaurada em 1996 para ser o Museu Histórico Municipal.
- Casa do Sr. Salvador José Ribeiro (ten. Salvador)
Foi sede da primeira escola pública de natividade, nos anos de 1831 – Grupo Escolar D. Pedro II, e teve como primeira professora a Sra. Georgiana Viana Torres.
- Ruínas de São Luis
Local do antigo povoado no alto da Serra de Natividade, rico em buracos de garimpos de ouro, que no início a historia do nascimento da atual cidade, onde também se encontra a Lagoa Encantada, construída pelos escravos.
-Igreja de São Benedito
De características coloniais, conserva o sino original e a estrutura do primeiro altar.
É possível que a Igreja de São Benedito tenha sido construída ainda nas primeiras décadas do século XVIII, época em que Natividade vivia a opulência do ouro. Segundo relatos orais, a igreja funcionou normalmente até l928, quando foi desativada, voltando a ser utilizada com mais freqüência em 2000. De 1984 (data da primeira restauração) a abril de 2000, a igreja era utilizada apenas nas datas festivas em que se incluía procissão em evento realizado na igreja matriz. De acordo esses relatos, no período em que esteve desativada, a igreja passou por um processo de abandono por parte das autoridades civis e religiosas, perdeu parte do telhado e do reboco. Nesse período foi roubada a imagem original, mas não se sabe precisamente o ano.
A igreja possui fachada simples com um óculo e porta principal ladeada por duas janelas. Consta de pequena nave, arco cruzeiro, capela mor ladeada por sacristia e consistório, além de um cômodo de acesso ao púlpito, torre e coro. O retábulo do altar mor apresenta técnica simples de carpintaria e pinturas em policromia com elementos decorativos (figuras antropomórficas e dosséis) que se enquadram dentro do estilo joanino. As paredes laterais da capela mor e o fundo do camarim possuem pinturas decorativas aplicadas sobre a pintura a cal, apresentando os seguintes elementos: sobreverga com arremate em conchas nas extremidades, compoteira com flores, buquês, cortinados e colunas lisas. O arco do cruzeiro também apresenta pintura decorativa com repetição de elementos.

Paranã

As primeiras entradas na província de Paranã ocorreram por volta de 1740, em 1815, o povoado foi elevada à vila, com denominação de São João da Palma, sede da Comarca do Norte, situando-se na confluência dos Rios Paranã e palma no extremo sul tocantinense.
Na condição de vila, São João da Palma passou a reivindicar sua elevação à categoria de cidade, o que veio a conseguir no dia 5 de outubro 1857. Existem alguns fatos que tornam a historia de Paranã semelhante a historia do Tocantins. O principal é o fato desta cidade ter sido a Comarca do Norte, em momentos embrionários da própria luta pela emancipação do Estado.
A data de 5 de outubro, que marca a elevação de Paranã à categoria de cidade (1857), é também a data de criação do Estado do Tocantins (5 de outubro de 1988). O nome da capital definitiva do Estado resgata o nome da antiga Vila de Palma, cujo, habitantes, inclusive, conhecidos como palmenses, mesmo adjetivo dos moradores da atual capital.
A atividade econômica que mais impulsionou historicamente a cidade foi o comércio fluvial pelo rio Tocantins. Através de barcos com capacidade de transporte de 15 toneladas. Essas embarcações eram impulsionadas por força humanas.
Após a desativação do comércio fluvial, restou a Paranã a criação de gado como principal atividade economia.
O conjunto arquitetônico conta com alguns destaques historicamente importantes. No que se refere à arquitetura residencial, preservou-se um razoável conjunto de edificações construídas na segunda metade do século XIX. Essas casas preservam suas características originais como assoalhos de tábuas, paredes espessas, portas e janelas enormes e paredes de adobe.
- Festas populares
- Festa do padroeiro da cidade, São João Batista e do Divino Espírito do Santo
- Festa dos Reis Gordos e Reis Magos
- Procissão dos Navegantes
Patrimônio Material
- Cadeia Velha
Construída em 1904, funcionou por muito tempo como Cadeia Publica e Intendência Municipal, depois Prefeitura. É o único imóvel que ainda guarda suas características arquitetônicas em condições de uma restauração, apesar de várias modificações sofridas.
- Casa que pertenceu ao Coronel Evaristo Bezzerra
Construída na segunda metade do século XIX. Segundo a tradição oral, é uma das primeiras casas construídas na cidade. Conserva um assoalho de madeira na sala, com enormes portas e janelas de madeira, paredes espessas de tijolos. A casa funcionou como escola por muito tempo.
- Casa do Coronel Vitor Lino
Casa construída na segunda metade do século passado, por Natanael Antônio dos Santos, que a vendeu bem mais tarde para Vitor Lino. A casa tem sido residência da família há muitas gerações, tendo abrigado várias autoridades municipais, dentre elas a Sra. Josefina Teles Brito, que foi prefeita nomeada (1946), sócio-fundadora da Associação Beneficente Nossa Senhora de Fátima (1952). O atual residente é o jornalista Hermínio Nunes Bernardes, que foi prefeito (1980-86). Permanece inalterada, com exceção de alguns cômodos que foram atingidos pelas enchentes.
- Igreja Matriz de São João Batista
Trata-se de uma obra bastante recente. Sua construção teve inicio na década de 50, após a demolição da Igreja anterior. Sua conclusão veio ocorrer já no inicio dos anos 80. A nova igreja não resgatou a arquitetura da igreja anterior.


Porto Nacional

Segundo os historiadores, a origem de Porto Nacional deve-se á navegação pelo rio Tocantins, fazendo a ligação entre os dois centros de mineração: Pontal e Monte do Carmo. Depois destacamento militar encarregado da vigilância da navegação.
Seu primeiro morador foi o português Felix Camôa, barqueiro que, no final do século XVIII, dedicara-se à travessia no rio Tocantins de mineiros procedentes das minas de ouro de Bom Jesus do Pontal (populosa vila situada a 12 km à margem esquerda do rio Tocantins, local onde hoje só resta a história e os buracos dos garimpos) para as minas do Arraial do Carmo, distante 42 km à margem direita do Tocantins e vice-versa.
Por volta de 1805, os índios Xerente revoltados com a exploração de toda ordem a que eram submetidos, atacaram e dizimaram o “Garimpo de bom Jesus do Pontal”. Os sobreviventes do massacre vieram refugiar-se e fixar residência em Porto Real.
Os nomes atribuídos à cidade estão relacionados com a situação política vigente no país: Porto Real, quando era Brasil-reino; Porto Imperial, na época do Império e finalmente Porto Nacional, após a proclamação da república.
A vinda da Família Real Portuguesa, em 1808, para o Brasil, também contribuiu para o engrandecimento da futura Porto Nacional. D, João VI, em 9 de março de 1809, editou o Alvará de criação de uma Comarca no Norte da província de Goiás, denominada São João da Barra, (hoje cidade de Marabá – PA), e nomeando para dirigir essa Comarca o Desembargador Joaquim Teotônio Segurado, tendo como a incumbência desenvolver à navegação nos rios Araguaia e Tocantins e incentivar a lavoura e a pecuária da região.
Afeiçoando-se com Arraial de Porto Real, Teotônio Segurado instala ali a “cabeça de Julgado” e passa a residir alternadamente em porto Real, Palma (hoje Paranã) e Natividade. Assim com o intuito de fazer crescer Porto Real, o Desembargador convidou as principais famílias de Monte do Carmo a virem residir no novo Arraial, Tal foi o desenvolvimento de Porto, que em 1831, foi promovido à categoria de “vila”, com a denominação de Porto Imperial.
A vila despontou como importante entreposto comercial para os comerciantes que de “bote” faziam a viagem de Palmas até Belém do Pará e vice-versa. A vila de Porto Imperial adquire o título de cidade em 1861, com o nome de Porto Nacional.
Em 1886 chegam os Padres Dominicanos, importantes missionários que contribuíram para que Porto conquistasse o cognome de “Berço Intelectual do Norte Goiano”. Desde 1889, Porto já contava com assistência médica oferecida pelo seu filho Dr. Francisco Ayres da Silva que, além de médico, foi político e jornalista. Fundou o jornal “Norte de Goiaz”, que durante meio século, defendeu as causas do desenvolvimento regional. Esse filho também trouxe, em 1929, os primeiros veículos, um Ford e um caminhão Chevrolet, adquiridos no Rio de janeiro e conduzidos até Porto, via estado de Minas Gerais e Bahia, abrindo caminho pelos sertões.
Em 1904 chegam a Porto Nacional as Freiras Dominicanas, cujo trabalho permanece até nosso dias, representado Pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus.
Porto Nacional se orgulha de ter na parte velha da cidade imponentes ruas, como a do Cabaçaco e a da cadeia, que contam ainda com lindos casarões coloniais.

Festa Populares
- Festa de São Sebastião (20/01)
- Via Sacra
- Festa do Divino (data móvel)
- Festa da Padroeira - Nossa Sra. das Mercês (24/10)
Patrimônio Material
Catedral Nossa Senhora das Mercês
Situada nas proximidades da margem direita do Rio Tocantins, no mesmo local da antiga capela de Nossa Sra. das Mercês, essa obra monumental foi iniciada em 1894 e concluída 1904. Projetada em pedra e tijolos, representa o estilo românico de Toulouse, França (região de origem dos Freis construtores). A maioria das suas imagens sacras foram trazidas da França e de Belém do Pará. Seu primeiro sino, todo em bronze, também veio da França. A Catedral representa a “Ordem Dominicana” em Porto Nacional.

Seminário São José
Antigo “Convento Santa Rosa de Lima”, é sede dos Padres Dominicanos, desde do inicio da década de 20. Em 1957 a parte superior do velho sobrado, por motivos estruturação e segurança foi retirada, porém ainda continua majestoso.
Prédio da Prefeitura Velha
Edificado em 1922. Nele funcionou até 1969 a Câmara Municipal, a sala das Audiências Judiciárias e a Administração Municipal. Construído em dois pavimentos, se destaca entre várias construções na parte velha da cidade.

Caetanato
Localizado na conhecida “Rua do Cabaçaco” no Centro Histórico de Porto Nacional, foi a primeira sede do Colégio das Irmãs Dominicanas. Hoje é sede da COMSAÚDE de Porto Nacional. O nome “Caetanato” é em homenagem a Sra. Caitana Belles, ultima moradora do local.

Colégio Sagrado Coração de Jesus
Edificação de Ampla e aprazível arquitetura representa o trabalho iniciado pelas incansáveis e pioneiras “Irmãs Dominicanas”.

Prédio do Abrigo João XXIII
Conhecido como “Abrigo dos Velhos”, o importante casarão foi sede do Correio e depois serviu durante muito tempo como Hospital. Situa-se na Rua Josué Negre.
Residência do Sr. Oswaldo Ayres
Importante casa residencial de arquitetura antiga, situada na Praça da Igreja Matriz, simboliza o brilhante trabalho do Dr. Francisco Ayres da Silva, como médico, político e jornalista, filho de Porto Nacional.

Residência da Senhora Custódia Pedreira
Herança da família “Pedreira”, esse casarão chama atenção pela arquitetura de épocas passadas, toda em adobe, conversa o porão e o assoalho de tábuas.

Tocantínia

Os primeiros registros que envolvem a região que hoje é a cidade de Tocantínia vêm de 1738 (Alencastre), quando começa a chegar na região muitos aventureiros em busca do ouro, terras e outras riquezas. A região já era habitada pelos índios Xerente que ocupavam as terras próximas ao Rio Providência e ao longo do Rio Tocantins.
Nesse período ocorreram muitos conflitos envolvendo os índios e os chegantes, que tinham que passar por terras indígenas. Vieram também os bandeirantes que abriam caminho e aprisionavam os índios para trabalharem como escravos em outras regiões.
Com o projeto de povoamento da região, foram utilizadas muitas estratégias para afastar os índios, umas delas foi o aldeamento, iniciado em 1840 pro Frei Antonio de Ganges, que chegou ao Brasil acompanhado por Frei Rafael de Targia, com a missão de aldear os índios Xerente, Krahô e Xavante.
O capuchino italiano, Frei Antonio, estabeleceu-se à margem direita do Rio Tocantins a uns cinco quilômetros, aproximadamente, da barra do Ribeirão Piabanha.
O primeiro nome da atual Tocantínia foi Tereza Cristina (nome do aldeamento), em homenagem a então Imperatriz do Brasil. Depois em virtude da proximidade com o Ribeirão Piabanha, passou a se chamar Piabanha, e em 20 de abril de 1936 adotou o nome atual, sendo elevado a categoria de município no dia 3 de outubro de 1953.

Patrimônio Material
- Igreja de Tocantínia
A igreja em adobe, construída pelos índios, foi idealizada por frei Antônio. Anos depois foi reconstruída pela vontade do Monsenhor Pedro Pereira Piagem.

Tocantinópolis

Cidade que ficou popularmente conhecida como “Boa Vista do Padre João”, devido à grande influência histórica deste vigário, a antiga boa Vista do Tocantins, se tornou cenário de alguns acontecimentos marcantes.
O primeiro Núcleo de habitantes teve inicio em 1818, quando bandeirantes, partindo de Pastos Bons, no Maranhão, vieram à procura de índios para catequizar. A região era muito fértil e possuía grande quantidade de madeiras adequadas para a construção e produção de imóveis.
Satisfeito com o que encontraram, alguns membros da bandeira – Antonio Faustino e Venâncio – resolveram fixar local, e em função da altitude permitir uma excelente visão das águas do Tocantins e de seu entorno, chamaram o lugar de Boa Vista.
Espalhada a noticia da fertilidade do local, grande número de habitantes de Carolina – MA, se deslocaram para o novo povoado.
Em 1852 foi criado o Distrito de Boa Vista do Tocantins, em 28 de julho de 1858 foi elevada à categoria de cidade, e Pedro José Cipriano foi reconhecido como seu fundador.
Em 1943 a Cidade passou a ser chamada de Tocantinópolis.
Tocantinópolis hoje é uma cidade bastante urbanizada, porém, sem deixar sua característica fluvial, preservando um cais, no porto do rio Tocantins.

Patrimônio Material
Catedral de Nossa Senhora da Consolação
É a matriz da Padroeira de Tocantinópolis, Nossa Senhora da Conceição. A tradição oral não fixa a data de sua construção. Trata-se, porém de uma arquitetura imponente, que traduz a força da religiosidade boavistente/tocantinopolina.
Seminário João XXIII
A importância arquitetônica do prédio reside no fato de simbolizar a grande influencia religiosa da cidade, que abrigou a sede da prelazia por vários anos, ao elevar-se diocese fundou também este seminário, que tem ordenado várias turmas de padre, inclusive o Padre Josimo que se tornou conhecido nacionalmente pela sua atuação ao lado das lutas em favor dos oprimidos da região. Trata-se de um prédio de construção recente (1955-1960)

Fonte: http://cultura.to.gov.br/conteudo.php?id=26
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